Marcia escreve assim:
“Cansado de mendigar amor, emudeceu. Aos poucos tornou-se transparente, diafano. Até que desapareceu. E ninguém, absolutamente ninguém, o percebeu.”
Minha amiga me diz o mesmo.
A linda, loira e alta criatura, desde seus maravilhosos 50 anos, depois de tudo o que já aprendeu na vida, dos belos quadros que pintou, dos três filhos que criou, do grande amor que compartilhou… repete baixinho para que só eu escute: “É que já ninguém me vê. Sou menos que um móvel da casa… estou ficando transparente…”
Às vezes me surpreendo demais com algumas coisas desta vida.
Foto. Absinth Drinker-Viktor Oliva
LÍNGUA DE MARIPOSA 
Isso me fez lembrar de uma pessoa muito querida, e me deu uma tristeza, acho que ela se sente assim, transparente.
Minha esperança é minha filha e meu livro. Este legado talvez me salve do esquecimento. Ou não.
Há braços!!
De vez em quando me sinto um pouco assim. Mas, nesses momentos, tento me achar, marco um encontro comigo mesma.
E, como diz uma amiga, chego adiantada.
Vim agradecer o convite para ir a Espanha e comer goiabada. Quando estive em Madri, ano passado, comprei goiabada da Venezuela, farinha para pão de queijo e outras coisitas. Tmabém faço uma listinha que denominei Kit para expatriadas, para quem vem do Brasil, e aí a pessoa escolhe o que quer trazer, mas tem de um tudo. Beijocas e boa semana!!!
Se a gente não subestimar o mundo, veremos que alguns tesouros podem se esconder nos locais mais improváveis e menos românticos. Como numa obra de quadrinhos (os japoneses são excelentes).
“Amar até pode ser fácil. Mas é sempre difícil receber esse amor”.
E um combate mortal termina sem ódio, com um abraço.
uma pergunta ki vivo
a fazer e a endagar
mais sem resposta vivo
a pensar:”onde está o amor?”