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Eu Sou Out…

Não sou muito chegada a revistas de moda. Acho que nunca comprei uma!
Claro que já tive oportunidade de folhear muitas nas salas de espera de dentistas, médicos, nas impossíveis esperas dos cabeleireiros ou em casas de amigas.
Já faz muito tempo que me decidi pela moda confortável e simples. E nunca fui muito adepta à maquilagem. Um batom claro nos lábios e um lápis preto nos olhos. Já está!
Desde muito jovem, as roupas de jeans e os tecidos leves foram sempre meus preferidos. Muito algodão nas saias amplas, camisetas e vestidos indianos.
Até meu vestido de noiva foi de linho crú ! Um conforto para o clima quente e úmido de Recife. E para o bolso também!
Mas eu sou out.
As revistas me dizem isso uma e outra vez. A quantidade de dicas para – maquilar-se, pentear-se, cuidar da pele, tornozelos, cotovelos, para vestir-se como manda o figurino e as cores do momento – são imensas! Cada beldade, cada famoso(a) nos diz o que comprar, como estar in e como não estar out.
Os produtos são de marcas importantes e conhecidas, apresentados com seus preços , na maioria das vezes exorbitantes para o bolso de uma criatura de classe média.
As revistas parecem estar programadas para as mulheres com gordas contas bancárias. As outras, isto é, a maioria das outras, sofram o Complexo de Cinderela ou contraiam dívidas incalculáveis no cartão de crédito.Se tiver um.
E quase todas têm pelo menos UM.
As lojas de preços módicos existem, claro. Mas só para as delgadas e jovens.
As outras, mulheres de magras carteiras e tamanho extra, que morram no limbo da globalização da imagem-sílfide da moda atual.
Por sinal que penteado sexy, não? E, pelo amor de Deus, quanto pesa essa criatura???
Mas nem vou deter-me nesse ponto, pois já escrevi dois posts protestando pelo limbo em que estão as mulheres extra-large do século XXI.Aqui e aqui.
Agora, realmente não resisti ao chamado da página dessa revista, suplemento do jornal El Mundo Yo, Dona. E que chega em minha casa a cada santo sábado.
Vou reproduzir aqui alguns dos precinhos das peças apresentadas para um verão europeu IN.

Uma saia estampada com frutas, simplezinha até, que custa a bagatela de 10.905,00 euros! Uma pechincha, não é mesmo?
Isso em reais deve ficar por volta dos R$ 38.167,50. Que tal?
A blusa é uma camiseta de lycra, sem mangas, pois os 42 graus impedem qualquer prenda com mais tecido. E por apenas 526,00 euros. Traduzindo em números brasileiros: R$ 1.841,00.
E para acompanhar a beleza de conjunto de verão fashion, uma bolsinha fofa de 5.265,00 euros. Tão lindinha, dá para guardar um batom e as chaves! Em reais, por baixo, a mulher da moda só vai ter que desembolsar uns míseros R$ 18.427,50 por esta minúscula bolsa assinada por um tal de Roberto Cavalli. Por sinal ele assina também a saia.
Bueno, bueno… Agora só faltam as sandálias, os braceletes e os óculos. Mais uma besteira de 501,00 euros ou simplesmente R$ 1.753,50.
Total: uma indumentária graciosa para sair de copas e tapas pelas Ramblas do planeta por reles 17.201,00 euros.
Heim!?
Querem que eu converta isso em números brasileiros?
Pois sim… toda essa beleza e charme custaria-nos apenas uns R$60.203,50.
Ho ho ho…
Mas não se impressionem. A revista oferece uma opção ao lado com preços deveras mais baratos. Tudo por apenas 313,00 euros. Ou seja, R$ 1.095,00.
Sinceramente, eu não vejo a enorme diferença de “glamour” entre as duas ofertas!
Talvez por não entender muito de moda. Talvez por não ter a carteira recheada de algumas… ou quem sabe seja apenas porque não me importa em absoluto o nome da criatura que desenhou cada prenda e que só por causa disso o preço dispara feito uma bala.
Esses(as) sujeitinhos (as) que ditam o que a gente deve comprar para ser IN nunca vão conseguir pegar-me nesse conto do vigário. Mesmo que eu pudesse e o meu dinheiro desse.
É imoral.
Meu dinheiro é muitíssimo mais valorizado que seus nomes bordados nas etiquetas minúsculas de suas “algemas sociais”.
Eu faço questão de ser OUT.

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Extra-Large Outra Vez…

A notí­cia é pequenina, como querem que seja.
Pequena no tamanho, como tudo na onda da moda. Grande no significado. E diz assim:
O modista Karl Lagerfeld assinou um contrato para desenhar uma coleção para a famosa loja sueca H&M. Mas mostrou-se descontente e não pretende renovar o contrato porque a empresa, além de fabricar poucas peças, ainda teve o desplante de fazê-las em tamanhos demasiado grandes.

Peraí­… O sujeitinho só quer que sua marca vista as mulheres que ele considera “mulheres elegantes”. Isto é, magras. Mas muuuuito magras. As grandes não lhe interessam. Tamanho G é 40.
E as extra-large então?
Estas que se danem, morram… Mas, se sobreviverem, que não se atrevam a mostrar-se. E muito menos com as peças assinadas pelo loiro vampiro aí­ da foto.
As redondinhas de seios e quadris, sejam jovens ou maduras, que andem nuas pelas ruas da amargura, nos becos escuros das noites sem lua. E sozinhas, de preferência, para não gastarem o pequeno arsenal de pares felizes do planeta. Na hora do amor, que apaguem a abajur, por favor! O mundo da luz e das cores é das sí­lfides.
Pois sim… um dia destes escrevi minha odisséia pelas lojas da cidade em busca do que vestir. O post ainda está aí­ embaixo…
Engraçadinho no contar, mas muito sério no viver.
As mulheres não deveriam mais ficar caladas com a pressão social para “um-padrão-de-mulher” comercial e discriminatório. As propagandas da televisão despejam na minha sala milhares de produtos de beleza: anti-rugas, anti-celulite, anti-peitos grandes, anti-peitos pequenos, anti-velhice, anti-mulher-de-verdade.
Todas as modelos tem menos de 30! Assim é fácil mostrar a cara lisinha.
Quase sem perceber miro o espelho e procuro as marcas da minha decrepitude. Se nunca usei nada deveria estar como o Retrato de Dorian Gray. (Digo o retrato, não o personagem de Oscar Wilde.) Não encontro nada de decrépito. Meu rosto mostra as marcas da minha vida e da minha idade. Mantenho a aura que me cerca e que, creio, fez-me e ainda me faz ser uma bela pessoa.
Mas a televisão insiste e grita MAIS ALTO que qualquer programa normal que agora – vejam só! – as clí­nicas de cirurgia estética oferecem planos de pagamento parcelado para eliminar todo, mas todo mesmo, tipo de complexo. Rugas, celulites, peito grande, peito pequeno, bunda caí­da, narizes, orelhas, lábios…tudo!
“Queira operar sua idade, perca 10, 15, 30 anos! Mesmo que passe não sei mais quantos pagando pelo resultado que nunca é o que promete! Se escapar viva, pois senão pagarão a dí­vida seus descendentes. E aí­ sim, promessa cumprida! Vai ficar pele, osso e sem nariz, mas feliz, feliz!”Querem que eu queira ser a Barbie, que já tem 40 com cara de 15, corpo de 12 e cabeça de borracha oca.
Pois não… recuso-me.
E clamo que as mulheres também se recusem a serem enterradas vivas pela montanha de propaganda, cuja intenção é que queiramos nos transformar em bonecas de plástico.
A última que fiquei conhecendo foi da retirada de duas costelas para afinar a silhueta de uma apresentadora de televisão, que veste 36 ou 38, no máximo, e mede mais que 1,70.
O que é isso?
Quem está dando essas ordens para as ovelhinhas do rebanho?
Os vampiros da moda e as mulheres. As próprias ví­timas.
Ninguém me tira da cabeça que são as próprias mulheres.
Sim, porque são elas que buscam defeitos nas amigas e inimigas de modo a “turvarem” os olhos de seus parceiros.
Que ledo engano! Que tolinhas!
Os homens – e chamo homens os normais e não os “metrosexuais”- gostam de uma mulher pelo todo, pelo que ela emana de feminilidade e sex appeal.
Ele nem nota se aquela loira de sorriso espetacular tem os joelhos pontiagudos. E se notar, foi porque outra mulher lhe disse.
E, quer saber? Ele nem se importa. Joelhos? Para que servem?
Como também não nota se a morena que cheira gostoso e anda como se flutuasse, tem TODAS as costelas ou lhe faltam duas! Se duvidar ele até doa outra sua…se ela quiser “ir buscar lá em casa!”
Homem gosta do todo e dizem isso mil vezes!
Mas a mulher não acredita. E sabem porque? Porque outra mulher lhe diz para não acreditar.
Quer ver uma queixa feminina de praxe?
Ela pinta o cabelo, dá reflexos dourados, uma aparadinha aqui outra ali, pinta os lábios com o novo batom da Lancôme de 150 reais… e ele não nota nadinha!
Mas ele gosta de qualquer tamanho e tom de cabelo ou batom se a vê dentro de um bonito vestido de generoso decote. Saia com lasquinha aberta do lado então!? Dá palpitações no peito e brilho novo no olhar.
Não falha. É tiro e queda!
Mas não… Generosos decotes de bonitos vestidos custam uma pasta! Nem todas podem comprar. E as redondinhas menos. Os tamanhos das roupas bonitas e sensuais dos grandes magazines não chegam ao 44! Juro!
Que o diga o modista da notí­cia.
Aposto que por alguns milhares de dólares o peste-vampiro desenha um vestidinho básico, com belo decote e lasquinha na saia para Liz Taylor.
Mas na H&M? A preço popular para uma senhoura de 73 anos, fartos seios e de nome Lola Sanchez? Nem morto!
E nós, as belas e arredondadas mulheres, não importa de que idade, mas de carteiras magras e nomes comuns, que comamos o pão que o diabo amassou na hora de buscar o que vestir.
Aliás… comer pão? Não!
Foto do Jornal El Mundo

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Extra Large…

Eu andava lutando com a balança como um bicho!
Manso.
Não é muito fácil ganhar essa luta na vida que venho levando. As comidas, as bebidas, o amor completo, a maturidade do corpo e do espí­rito, a paz instalada na alma, engordam!
O frio por nove meses do ano e as roupas belí­ssimas de inverno, outono e primavera madrilenhos escondem as dobrinhas como amigas condescendentes.
Mas aí­, chega o verão… e cadê o biquí­ni que não cobre mais nada?
Cadê as bermudas de algodão que, inimigas mortais de uma cintura mais redonda e quadris mais largos, mostram com sarcasmo que seu corpo não mais as merecem?
As blusinhas diáfanas e sem mangas saem do guarda roupa para o corpo por mais ou menos dois minutos e se acumulam sobre a cama, incômodas, ridí­culas e imprestáveis!
As únicas amigas de verdade são as camisetas e os jeans! Esses nunca me abandonarão! Mas como ir à praia assim?
Não se deprima! Digo a mim mesma rapidamente. Vá às compras! Todas as mulheres do mundo saem às compras no verão, ou não?
Sim. Todas.
Mas aí­ eu descobri que agora eu não sou mais M – de Mulher Maravilhosa – ou G de Grande e Gostosa, para as roupas que devem ser mais folgadas e soltas. Eu agora eu sou EX de Extra (enorme) Mulher.
Que humilhação! Foi meu primeiro pensamento.
Mas peraí­! Não se deprima. Compre só umas coisinhas e assim que começar o inverno as dobrinhas vão ver com quantos paus se faz uma canoa. Isto é, como se costura a boca! Disse-me mais rapidamente ainda. Animador. Às compras!
Até que descobri o pior. O significado implí­cito no tal EX.
Leia-se EX MULHER!
Mulheres Extra Grandes não têm direito às roupas modernas e femininas. Elas tem que vestir umas batas sem forma alguma, com cores asquerosas, flores imensas ou bolinhas minúsculas!
E as bermudas? Um nojo!
Os modelitos são desenhados para “senhouras” de quinta idade, do iní­cio do século passado.
Pois é…
Aqui para nós, as mulheres maduras da nossa época são muderrrnas, têm um gosto jovial, querem sentir-se femininas e sexy! Incluindo as gordinhas!
O que faz a indústria da moda pensar que as Extra não podem estar bonitas e bem vestidas?!
Vou contar sobre as compras…
As lojas de departamento, as redes conhecidas de roupas com preços mais acessí­veis ao bolso da população classe média, vendiam coisas lindas e maravilhosas!
Dava água na boca ver! Dava vontade de comprar e vestir na hora!
Mas, quando eu escolhi algumas delas e procurei meu tamanho, capoft!
Deu vontade de chorar, de morrer, de me internar num SPA, de fazer uma cirurgia de estômago!
A maior peça G vestia minha filha, que tem 20 anos e pesa 54 quilinhos bem distribuí­dos. Em to-da a lo-ja não havia absolutamente nada (que eu gostasse) que desse em mim.
Nem na loja ao lado. Nem em todo o centro comercial!
Só jovens magras tem o direito de comprar coisas bonitas e de bom preço?
Não, assim eu estaria mentindo. Existem umas duas ou três lojas especialmente para as mais maduras. Coisas hor-ro-ro-sas!
Nem minha avó se vestia assim!
A mãe do Lorde tinha costureira particular que ia em casa e fazia seus elegantes conjuntos, que ela estreava com orgulho nas missas de domingo e nos chás com as amigas. Não era gorda, mas era grande, alta e de fartos seios.
Aí­… tchan- rãaannn… uma das “vendedouras” bem intencionada (?), provavelmente filha de alguma inimiga que eu nem sabia que tinha, me indicou uma loja para Tamanhos Grandes. Leia-se GORDAS.
Como assim?
Assim. As medidas vão de EX a EXXXXX…
Isso. Exxxxxxx-mulher! E rica!
São roupas realmente “maiores” ou absurdamente enooormes.
Algumas belí­ssimas, elegantí­ssimas e TODAS carí­ssimas!
E a moda praia? Aquelas calçolas não se pode chamar de biquinis. Juro!
Comecei a rir meio histérica, com lágrimas nos olhos e vontade de não comer NUNCA MAIS!
Depois de mais de três horas de tortura, voltei para casa com ódio de mim, do meu corpo e da minha idade!
– Peraí­! Quando eu tinha 20 anos e 54 quilos bem distribuí­dos, vestia 38. P – de pedaço de mal caminho!E minha filha aqui já veste, com o mesmo peso, M ou G dependendo da marca. Algumas blusas minhas, de alguns poucos anos atrás, ela já veste e com bom caimento.
Eu heim!
Acho que a indústria da moda está pregando uma boa peça nas mulheres. Diminuem o tamanho das roupas, tascam o mesmo número de manequim, e cobram muito mais caro! I
sso mesmo! Elas gastam menos e cobram mais. Sem falar que “de quebra” nos vendem uma imagem de “fora do padrão”.
Assim o mercado de diet, light, SPA, lipoaspiração, mesoterapia, cirurgia plástica, medicamentos e fórmulas mágicas para emagrecer enriquece às custas da nossa auto estima!
As tabelas de peso-altura-idade diminuí­ram seus escores. As indústrias medico-farmacêutica-estética dizem que quem estiver acima delas morre antes, é infeliz, é feio, é pouco desejável. É um doente!
Estive num check up dia destes. Nunca estive tão saudável. E, fazendo um balanço da vida, nunca estive tão feliz, tão amada e desejada e tão arredondadamente madura, calma e em harmonia com universo.
É verdade que adquiri uns quilinhos extras desde que vim morar na Espanha. Bem amada, bem alimentada e nenhum stress por ter que dormir tarde e acordar cedo, tomar um café correndo, enfrentar um trânsito insuportável, reuniões improdutivas, trabalhar e trabalhar, estudar, estudar e estudar, correr para almoçar contando as calorias, correr para pagar as contas, correr para ir ao supermercado…correr para chegar à tempo na Universidade e dar aulas de três horas e meia seguidas a um bando de alunos de pós-graduação, cansados de correr nas suas cotidianas maratonas…
Aqui tenho mais tempo para ler, escutar música, aprender a cozinhar, visitar museus e cidades lindas. Tenho tempo de pensar no que fui e no que quero ser daqui por diante.
Não sabia que podia ser tão bom viver sem stress. O tempo que a burocracia leva para validar meus papéis de gente neste paí­s me obriga a exercitar a paciência, a tolerância… e principalmente, a encontrar prazer nas pequenas aprendizagens desta nova vida. O trabalho já virá…
Se eu escolhesse o desespero, poderia estar arrancando os cabelos por estar levando essa vida “improdutiva” e “inútil.” Mas eu escolhi ser feliz. E isso faz uma enorme diferença em meu estado de espí­rito.
Não que eu não fosse feliz antes. O trabalho e a correria eram a única forma de felicidade que eu conhecia. Então eu era…
Hum.. mais ou menos.
Na verdade, sofria de uma presença constante de uma falta… como se não soubesse de mim o mais importante. Tinha um lado meio triste que de vez em quando se instalava. Uma sensação de solidão incurável, uma melancolia. Antes isso me angustiava. Agora não. Quando o momento triste vem, deixo que se instale, diga a que veio e se vá. Manso. Assim. E solidão eu não sinto mais, apesar das saudades.
E estão querendo me estressar com uns mí­seros quilinhos a mais!
Nipes nada!
Acabei indo ao mercadillo, que eu nem sabia que existia. Leia-se uma feira. Só que não vende comida. São dezenas de barracas de roupas e sapatos, objetos de decoração, tem de um tudo. Ali encontrei roupas para o meu verão de gordinha. Comprei três bermudas e três blusas de algodão, uma saia e outras cositas mais.
Tudo EX, é claro! Mas lindinhas, modernas, joviais. E por um terço do preço das lojas para as grandes e ricas mulheres!
Parece que pobres podem ser gordas ou arredondadas, mas felizes e bem vestidas. As ricas também!
Por sinal, vi um bocado de madame pela feira. De óculos escuros e lenço, disfarçadas de pobres. Os carros parados no estacionamento são chiquérrimos, o que entrega de bandeja que as dondocas ocludas de pobres não têm nada. São só mais espertas que as outras.
Pois vejam o que saiu na publicação semanal do El Mundo.
Ho ho ho…
Deus é bom pra mim!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

*Reportagem capa do Magazine El Mundo
A gorda está melhor de saúde, mas quanto à auto estima…quem sabe?

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