Filmes

Alive Inside. Nossa memória musical é imborrável.

Outro dia  fiz uma maldade comigo. Assisti Still Alice .           

Em português é Simplesmente Alice. A história de uma professora universitária que desenvolve um tipo de Alzheimer precoce e agressivo. Se eu já morro de medo desse bicho, naquela noite não dormi. No dia seguinte estava triste, sem energia. É uma doença tão cruel!

Quando a minha mãe foi virando casca, eu tentava conversar contando-lhe suas proprias histórias. Escolhia as boas, as engraçadas, as que ela sempre repetia. Ela reagia, no início.

Depois, quando ela foi apagando, eu cantava. ” Onde você estiver, não se esqueça de mim… eu quero apenas estar no seu pensamento. Por um momento pensar que você pensa em mim…”  E botava as músicas que ela gostava de ouvir. Rachmaninoff, Mozart, Paganini.

Sua expressão mudava. Eu via, mas nesta época ela já estava muito longe e atravessar o túnel era muito difícil. Eu achava que a música chegava onde ela se escondia, mas não estava segura. Agora estou. Me alegro por ter dado a ela seus últimos momentos consigo mesma. Um amigo me indicou um documentário maravilhoso chamado Alive Inside. Não deixem de ver!

Desde que o vi, fiz minha lista. Vou dar a meu irmão, a Pepe e a minha filha, por se acaso me esqueço de mim. Que Deus me proteja!

E você, qual seria sua lista? Faça uma.

Alive Inside. Nossa memória musical é imborrável.

(Click e veja um pequeno vídeo)

 

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O Escafandro e a Borboleta

O escafandro e a borboleta- o livro
Quando ganhei esse livro, em 2001, vivia no Brasil, estava me recuperando de uma depressão e minha mãe estava desaparecida em si mesma, numa enfermidade carnívora. Uma doença que vai tirando da pessoa tudo que é dela, até suas lembranças mais viscerais. Depois ela transforma a pessoa em uma casca vazia, só mata depois que destroi tudo.
Quando soube que o livro contava a história de um jornalista francês que havia sofrido um acidente cerebral e que havia escrito o relato piscando um olho para as letras do alfabeto que uma enfermeira lhe mostrava, não tive coragem nem de abri-lo.
Guardei o presente para ler em outra época. Eu estava tão fragmentada ainda. Tinha um medo horrível de entrar no túnel escuro da tristeza sem nome… precisava cuidar mais das minhas emoções e tinha consciência da fragilidade da minha saúde afetiva.
Aliás, essa foi uma aprendizagem da época. Aprendi a cuidar mais de mim. Aprendi a perceber quando estou mais sensível, mais vulnerável… e evitar expor-me a sensações muito fortes.
Mas… um dia desses, arrumando as novas estantes da casa, encontrei o livro. Li a dedicatória carinhosa da amiga brasileira e criei coragem, abri a primeira página e comecei a ler.
E não parei mais até que o terminei. Li de um só fôlego.
Foi fantástico ver o mundo através de sua experiência. Uma hora com humor, outra emudecida pela impotência, outra ainda entre lágrimas de saudades das coisas mais simples, como estender a mão e fazer uma carícia…

Vou contar um pouco a história.
Jean Dominique Bauby, um jornalista francês, bem sucedido, jovem pai de dois filhos e cheio de energia, sofreu um acidente vascular cerebral com pouco mais de quarenta anos, entrou em coma e quando saiu deste estado percebeu que sua mente estava quase intacta… mas o único que havia perdido era a conexão com seu próprio corpo.
Estava completamente paralisado, numa síndrome chamada “locked-in”, que significa “trancado em si mesmo”.
Não podia mexer-se, comer, falar, nem sequer respirar sem ajuda de uma máquina. Apenas um olho se mexia. Ele piscava. Uma vez para dizer sim e duas para dizer não.

Com esse único movimento físico ele decidiu se comunicar com o mundo, seus filhos e seus amigos e contar que estava vivo, que pensava sair daquela prisão e queria que soubessem o que ele sentia lá dentro de sua cabeça e de seu coração.
Para isso ia piscando e indicando as letras que iriam formar as palavras e frases de um livro espetacular de 140 páginas.
Emocionada, fiquei me lembrando dos monólogos que tive com a Princesa, durante seu último ano de vida, desejando que dentro dela estivesse escondida a mulher que ela era. Recordei as histórias que eu lhe contava, as músicas que cantava, as sinfonias e concertos que fazia tocar no som de seu quarto, baixinho, para que pudesse escutá-las mais uma vez.
Às vezes eu tinha a impressão que algo em sua expressão mudava…
Era só uma impressão?
Talvez.
Aprendi muito sobre a vida com a morte da minha mãe. Eu já disse muitas vezes e vou repetir, minha mãe me pariu outra vez quando morreu.
Não quero que isso seja visto apenas como um drama particular, embora sua morte tenha sido dramática para mim. Estou falando de como reaprendi a viver.
Estou falando de aprender a dar o valor real à vida e tomar consciência de sua fugacidade.
Aprender a valorizar a memória, a imaginação, a capacidade para mover-se, ler um livro, escutar uma música, abraçar um filho, um amigo.
Aprender a valorar mais as relações e menos as coisas. Agora. Enquanto é possível.
Estou falando em ter consciência disso on line, durante a ação.
Saber que este é um privilégio que algumas pessoas perderam num segundo… e que a gente não tem sequer a noção do que significa essa perda.
Cena do filme "O escafandro e a Borboleta"
Bauby também ensina os verdadeiros valores da vida desde sua prisão – seu corpo – um escafandro, como ele o chama… e de sua alma, a borboleta com a qual ele voa, visita seus filhos, viaja pela Paris que adora, toca e beija seus queridos…
É impossível ser o mesmo depois de ler seu livro. Não é ficção, é real. Aconteceu de verdade…
Só não reflete e aprende quem for impermeável.
Descobri, cafufando a Internet, que rodaram um filme em 2007 que foi indicado a 4 Oscars. Como assim? E eu não vi!
Pois sim. Em 2007 eu estava vivendo lá no meu monte, longe de… quase tudo.
Aposto que ele não passou no pequeno cinema da praça de Los Santos Niños, em Alcalá de Henares.
Li algumas críticas excelentes. Vou tentar encontrá-lo em uma locadora por aqui por perto. O diretor é o mesmo de Antes do Anoitecer, um de meus filmes queridos, e trata o tema com delicadeza, fugindo do dramalhão piegas hollywoodiano em que se transformam excelentes livros.
E sou fã do cinema francês.
Mas um para minha extensa lista de perdidos…

 

(Le Escaphandre et le Papillon – França / EUA, 2007 / Brasil 2008 – 112 min)

Direção: Julian Schnabel.
Roteiro: Ronald Harwood adaptando livro de Jean-
Dominique Bauby
.
Elenco: Mathieu Amalric, Emmanuelle Seigner, Marie-Josée Croze, Anne Consigny, Max von Sydow, Marina Hands, Isaach De Bankolé.
Gênero: Drama, Biografia.

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Um presente casual…

Ontem me preparava para postar sobre Tarifa, onde estive por 15 dias, quando escutei uma música africana belíssima vinda da TV. Corri para ver o que era… E que presente! assim, de graça… só porque eu estava precisando!
Benditas casualidades cósmicas! Justamente naquele momento estava começando Assédio, de Bernardo Bertolucci.
Impossível perdê-lo. Esse está na lista dos que a gente deve ter.
Vi esse filme há muitos anos, em Recife. Me enamorei dele e da música e por muito tempo tentei comprar a trilha sonora mas jamais a encontrei.Tampouco pude assistir o filme nunca mais!
Ontem à noite ele me surpreendeu dentro de casa, assim, sem aviso prévio, de surpresa.
Interessante é que os filmes do Van Damme e Segall – que aqui passam quase todos os dias – são anunciados milhares de vezes. Mas uma pérola de Bertolucci vem sem anúncio, na surdina!
Adoro ver uma e outra vez os filmes da minha vida. Assédio é um deles. É uma história de desejo e amor, numa dose maciça de arte e beleza.
Imagens cuidadosamente trabalhadas entre sombras e luz, regadas por uma música que atua como um dos personagens principais.
O filme de Bertolucci é de uma fineza de detalhes, uma perfeição de luzes e cores, um espetáculo de música, de delicada sensualidade…
Um filme para se ver de mãos dadas, encolhida no fundo de um sofá cor de laranja, com a chuva madrilena molhando os cristais da janela do invernadeiro. Foi melhor vê-lo agora que na primeira vez.
É bom também deixar o som muito alto para que o piano de Mr. Kinsky inunde a sua casa junto com o sorriso doce e infantil de Shandurai.
Quem sabe essa dose maciça de arte possa remendar qualquer alma ferida pela crua e enferma grosseria da realidade televisiva dos últimos tempos.

“ASSÉDIO” (Besieged), Itália/França, 1998, 92 min. Dirigido por: Bernardo Bertolucci. Com: Thandie Newton, David Thewlis, Claudio Santamaria.
Filmes de Bernardo Bertolucci

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O Carteiro e o Poeta. Um filme para nunca esquecer…

Um dos grandes prazeres de ter uma boa conexão é descobrir as pérolas do YouTube.

Il Postino ( O Carteiro e o Poeta ).
Para mim, este é um dos grandes filmes que eu já vi na vida. É daqueles para se ter e poder rever sempre que se queira.
Por muito tempo eu mantive um caderno onde escrevia todos os filmes que via, com comentários e fotos. Não sei em qual das mudanças ele se perdeu e foi uma pena tão grande que deixei de anotá-los.
Depois de séculos eu voltei a registrá-los num arquivo do micro, porque durante um ano ou dois um dos meus trabalhos era assistir filmes. O trabalho consistia em encontrar cenas que pudessem ilustrar um manual de habilidades presentes no comportamento dos líderes.
Era uma delícia de trabalho! Imagine quantos filmes eu tive que ver… a trabalho e em casa, com um pacote de pipoca, em plena segunda feira! Ho ho ho! Eu adorava!
Muitos de meus amigos me telefonavam quando estavam numa locadora só para que eu indicasse algum filme ou comentasse sobre outro que queriam alugar.
No Brasil eu tinha uma boa coleção de videos, mas tive que deixá-la com meu irmão porque aqui na Europa o sistema era outro.
Agora estou pensando seriamente em fazer uma pequena lista dos filmes inesquecíveis e ir comprando-os, pouco a pouco.
Talvez eu compartilhe essa lista aqui…
Então… vou começar por este. IL POSTINO me emociona tanto que choro as mil vezes que o veja. E a música é simplesmente extraordinária!

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Um abraço…


Meus amigos, eu nunca havia imaginado que publicaria aqui um vídeo, mas este é muito especial. Quero agradecer a todos que vem aqui para ler e deixar um palavra de atenção e também aos que vem e se vão em silêncio. São todos muito bem vindos.
Sintam-se abraçados!

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Volver…

Elas estão de volta. As mulheres de Almodóvar.
E o público agradece.
Não sei quando passará no Brasil, mas aqui já estreou e eu fui – com muito gosto – entregar-me a Volver
O novo filme do diretor espanhol Pedro Almodóvar, um “homem de la mancha”, é um banho de luz e cores, de força e vitalidade femininas.
Esse é seu mais profícuo território. E ele sabe.
Como um Don Quixote moderno, Pedro desvela, recria, desperta – em cada personagem – as Dulcinéias que existem dentro das muitas Aldonzas que a vida maltrata.
Volver é uma história de repetidas histórias. Daquelas que a gente sabe acontecer com frequência nas sociedades do primeiro, terceiro ou quinto mundo. Mãe, filhas e neta que recebem porradas do mundo masculino e ainda assim são capazes de sobreviver e dar a volta por cima. São vítimas e algozes. Anjos e demônios. Amáveis e duras. Mulheres fortes e frágeis ao mesmo tempo. Mulheres divertidas e trágicas. Capazes de revelar a beleza do amor, da solidariedade e da cumplicidade apesar de condições extremas e complexas.
E quando se unem, seja nos risos e cantos, seja nas dores e misérias, transbordam.
Volver é isso. Um transbordamento. Verdades e mentiras, segredos e revelações se mesclam num jogo de cenas reais e surreais, retratadas com um talento espetacular.
Pedro consegue explorar temas importantes como a violência doméstica e de gênero, a enfermidade e a morte com uma crua leveza que sempre surpreende.

O filme é um prazer do início ao fim.
Penélope Cruz está linda, madura, envolvente. Uma mulher de carne e osso, bela por seus predicados mas também por suas imperfeições. Lembra, em alguns momentos la Loren.
Yohana Colbo faz de filha. É a nova chica -Almodóvar. Eu ainda não a conhecia, mas já tem um sólido currículum na cinematografia espanhola.
Carmem Maura ( desessete anos sem filmar com Almodóvar) dá um show de interpretação como a mãe que “volta do além”.
Lola Dueñas ( Rosa, de Mar Adentro) é uma das minhas atrizes espanholas preferidas e também está perfeita no personagem da irmã que eu queria ter.
E Blanca Portilho, que está magnífica no papel da vizinha de toda a vida. Uma vizinha como as que a gente precisaria nos momentos difíceis! Daquelas de pueblo pequeno. A que cuida, a que sabe das coisas, que tem a chave da nossa casa e das histórias que circulam através dos tempos, nossas ou de outros…
Volver é isso. Uma das muitas história que se pode contar sobre a história das mulheres, em todos os tempos e todos os cantos do planeta.
Acontecimentos mais explícitos em alguns, mais obscuros e escondidos em outros, mais reais ou surreais, porém presentes nos quatro cantos do mundo!
Volver não é comédia nem drama, embora seja um tanto de ambos. Tem a porção e a medida exata dos dois. Como as mulheres.
Como a vida e a morte.

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La Vida Secreta de las Palabras…

De vez em quando me deparo com uma obra de arte especial. Sólida. Essa é uma delas.
E que prazer eu sinto quando tenho o privilégio de desfrutar de uma bela criação artística, seja um conto, uma novela, uma música, uma pintura, um filme.
Eu permaneço dias embevecida, encantada, pensativa. Fico com vontade de conhecer o artista, conversar com ele, discutir o impacto de sua obra em mim. Saber mais sobre a relação entre meus sentimentos e emoções e os seus. Queria ficar amigo!
Assim eu sou… Já pensou que atrevida?
Pois sim.
Mas fico quieta aqui. Nem sequer sou daquelas fãs que vão atrás de autógrafos ou fazem plantão na porta dos aeroportos e hotéis para ver de longe seus ídolos.
Creio que não tenho ídolos. Gosto das obras. E também de alguns dos artistas, mas só como seus criadores. Não os idolatro. Nunca. Mas amiga eu queria ser. Só isso. Poder fazer parte do círculo íntimo que janta junto e conversa sobre os livros, as peças, as músicas… enfim.
Deixa eu voltar para o tema do post.

Esse filme. Precisava dizer aqui que o vi. Que me encantou. Que me impactou.
Não sei se ele já está rolando pelo mundo ou ainda está por aqui pela Espanha. Pois apesar de ter recebido 4 Prêmios Goya por melhor filme, melhor direção, melhor roteiro e melhor direção de produção… a própria academia espanhola não o indicou para o Oscar. Vá entender essa gente. Indicaram outro que nem eles mesmos premiaram. Queriam agradar alguém??
Uma trama simples, bons atores, ( Tim Robbins , Sarah Polley e Javier Cámara ) excelente roteiro e uma diretora (Isabel Coixet) sensível e talentosa. A mistura perfeita para um filme sair do jeito que eu gosto. La Vida Secreta de Las Palabras cala fundo na alma.
Um filme que fala da vida e das histórias que estão guardadas dentro dos grandes silêncios e que precisam desesperadamente de um outro, um íntimo e ao mesmo tempo distante outro a quem desvelar-se numa avalanche de palavras repletas de sentimentos.
Coixet consegue extrair toda a beleza contida num cenário tão inóspito e solitário como o de uma plataforma petrolífera recortada contra o horizonte do mar da Irlanda, seus poucos habitantes, um ganso, vinte e cinco milhões de ondas que passam e o encontro entre Hanna e Josef. Ele como acidentado e cego temporalmente, ela como sua enfermeira. Sarah e Tim estão fenomenais!
Uma pequena história, com grandes significados, contada com a humildade que está sempre presente na verdadeira genialidade.
Acho que ainda se vai ouvir muito falar dessa moça. Anotem aí. Isabel Coixet.

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Um Toque Gitano…


Estou enamorada pelo Flamenco. Outra vez.
A primeira foi pela guitarra de Paco de Lucía. A segunda pela música de Manuel de Falla. A terceira pela de Vicente Amigo.
E, pelo que vejo, vou enamorar-me ainda muitas vezes.
Tomara. Este estado me encanta porque fico totalmente voltada para o objeto de minha paixão.

Estou já na quarta vez.
E o motivo é o filme de Jaime Chávarri sobre um dos mais famosos cantores de Flamenco da Espanha, Camarón de la Isla.
Adorei.
O Flamenco é uma mescla do canto andaluz, lá pelos idos do século XV, de grande influência árabe, com os ritmos trazidos pelos ciganos. Por aqueles tempos a música era cantada “a cappela”, acompanhada apenas por palmas. Só muito depois entraram as danças, as guitarras e os sapateados.
A historia do flamenco é linda. Não tinha qualquer ideia das muitas variações de estilo que possui. Nem me atrevo a escrever sobre elas, pois ainda estou aprendendo, pouco a pouco, a entendê-las.
Assistir o filme me animou a escutar mais, ler e perguntar mais… e o mais importante, a gostar muitíssimo mais!

Camarón foi um duende do Flamenco.
É considerado até hoje uma das mais extraordinárias figuras artísticas da Espanha e desse estilo musical.
Ele inovou tanto na forma de cantar quanto nos acompanhamentos que intruduziu em suas apresentações e gravações, junto com os guitarristas Paco de Lucía e Tomatito, incorporando instrumentos como a flauta, o piano, as caixas acústicas.
Sua presença no tablado impressionava a audiência e ele conquistou o respeito internacional dos aficionados ao Flamenco. Inclusive foi convidado a gravar com a Orquestra Filarmônica de Londres, um fato inusitado para um músico gitano.

O filme é uma biografia em ficção de sua vida e sua arte, com um ator – Óscar Jaenada – especialmente iluminado para o papel.
Segundo os que conheciam Camarón ( sua mulher, filhos e amigos próximos ) ele está perfeito para o papel e quando abre a boca para o canto em playback, parece ressuscitar o amigo, o pai, o marido.
Se eu me emocionei, imagino eles!

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