Arquivo do mês: janeiro 2007

Recados …

“A vida é ingrata no macio de si; mas transtraz a esperança mesmo do meio do fel do desespero. Ao que, este mundo é muito misturado…”
“Natureza da gente não cabe em certeza nenhuma”.

Mais uma vez fala Riobaldo, em Grande Sertão, Veredas.
João Guimarães Rosa,
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E como Il Postino, uso mais uma poesia para falar por mim. Para que não nos esqueçamos nunca que somos partes, e que elas podem, às vezes, confundir-se e desencontrar-se. Para traduzi-las e compreendê-las…é preciso arte.

Traduzir-se
de Ferreira Gullar
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir uma parte
na outra parte
– que é uma questão
de vida ou morte –
será arte?

Este post, escrito pelo Inagaki, precisa ser lido por quem deseja estar informado sobre os acontecimentos que cercam a morte e a não-morte da Meg.

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“Travesuras de la Niña Mala”…

de Mario Vargas Llosa
Estou lendo a novela. E estou absolutamente “atrapada” pela história.
A linguagem é fluida, rápida, natural. A descrição dos fatos de épocas convulsas em Paris, Lima, Londres, Tokyo ou Madri, mesclada com a construção detalhada dos dois personagens principais, entrelaçados numa relação de afeto apesar da contraposição de seus valores de vida e as histórias paralelas que se desenvolvem em torno desta relação, fazem da novela um entretenimento inquietante!
Avançar em seus capítulos nunca é prazeiroso, porque ainda não me explico muito bem (talvez nunca o consiga) como funcionam esses amores dolorosos, ambora já tenha vivido e me perdido dentro de um deles. Quem já não viveu?
(Paguei caro, mas superei. E estou aqui vivinha para contar, ou esquecer para sempre, a história.)
Talvez justo por isso Travessuras de uma menina má, traduzindo o título para o Português, é um livro fascinante para mim. Como mulher e como psicóloga.
Me vejo parando uma tarefa no meio do dia e buscando o livro só para tentar avançar mais um pouco. Quem sabe só para terminar de vez com ele, para livrar-me dos incômodos sentimentos que afloram…
E cada vez mais a imaginação do autor tem me surpreendido, revelando novas nuances da personalidade de suas criaturas, alargando o tempo, criando novas circustâncias, aprofundando o mergulho numa corredeira de tramas e me levando junto com a história.

A novela tem 375 páginas e eu estou aí pela 270, justo quando se descobre que ela inventou outra ela porque não podia suportar viver com o ela que de verdade ela era…
( Nada a ver com O Mundo de Sofia, onde quem inventou a outra foi outra pessoa, no caso, o pai da criatura. Lembram? Acho que foi isso. Sim! Sim! Outra boa novela para se ler. Anote aí! )
Pois sim…
Ainda há muito o que desvelar destas Travessuras… E ainda não sei a volta que isso vai dar.Vargas Llosa é bamba! Todo mundo sabe disso.
A crítica diz assim: ” Criando um admirável tensão entre o cômico e o trágico, Mario Vargas Llosa brinca com a realidade e a ficção para liberar uma história em que o amor se mostra indefinível, dono de mil caras, como a “niña mala”. Paixão e distância, azar e destino, dor e prazer… Qual é o verdadeiro rosto do amor?”
Tomara eu descubra o deles, ao final das 375 páginas…

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Uma luz na escuridão…


Gosto de ti quando calas porque estás como ausente
e me ouves de longe, e minha voz não te toca.
Parece que teus olhos tivessem voado
e parece que um beijo te cerrara a boca.
Como todas as coisas estão cheias de minha alma
emerges das coisas, cheia da alma minha.
Mariposa de sonho, te pareces a minha alma
e te pareces à palavra melancolia.
Gosto de ti quando calas e estás como distante.
E estás como queixando-te, mariposa em arrulho.
E me ouves de longe, e minha voz não te alcança:
deixa-me que me cale com o silêncio teu.
Deixa-me que te fale também com teu silêncio
claro como uma lâmpada, simples como um anel.
És como a noite, calada e constelada.
Teu silêncio é de estrela, tão longínquo e singelo.
Gosto de ti quando calas porque estás como ausente.
Distante e dolorosa como se tivesses morrido.
Uma palavra então, um sorriso bastam.
E estou alegre, alegre que não seja certo.

Poema XV
Pablo Neruda

*ela está viva.

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Para Meg…

“Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando.
Isso que me alegra, montão.”
Riobaldo, em Grande Sertão, Veredas.
João Guimarães Rosa
A Meg agora é pó de estrelas… é imensidão. Agora ela é eternidade.
Porque, como disse nosso grande mestre, um dia : “As pessoas não morrem. Elas ficam encantadas.”
……………………………………………………………………………………….
Ps1: Este post faz parte de uma rede de homenagem virtual a Meg do SubRosa.
Ps2: Ao que parece, a morte de Meg foi apenas virtual, e não real. Fico contente que ela esteja viva. Mas de qualquer forma, quero deixar o post aqui. Porque ele retrata o sincero sentimento que me inspirou.
Que estejas bem, Meg. É o que espero.

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Entre fadas e bruxas. (Cap. 18 )


Quando eu percebi que elas haviam descoberto nossos planos, fiz tudo para agir na surdina… Tentei ir devagar, sem dar muita importância o fato. Afinal casar com olhos-de-mar-azul nem estava mesmo em meus planos iniciais. Viver com ele até o final de meus dias, sim. E talvez fosse mais fácil alcançar meu objetivo sem casar, dizia meu cérebro, amassado pelos anos de solidão em que via tantos casados traindo-se mutuamente, agredindo-se com palavras e atos, sentindo-se amarrados, presos, infelizes e sonhando desesperados com a liberdade. Isso, em geral, eu não via nos casais que viviam juntos apenas porque se queriam, sem o laço oficial da instituição civil ou religiosa.
Tá bom. Posso estar exagerando. Mas eu admito que tinha um medinho de casar de novo…
Entretanto, meu coração era todo mel… e estava tão feliz, enamorado, sonhando em dizer “sim, te quiero” aos olhos mais adoráveis e ao sorriso mais encantador que já encontrei em toda a minha vida, que jogava o medo para o fundo do baú.
A felicidade exige alguns riscos, pensei “fadinha boa”. E chorei desconsoladamente quando, finalmente, fomos entregar os papéis ( difíceis papéis!) ao encarregado do registro civil de Alcalá de Henares e o departamento estava fechado por “vacaciones de verano“. Inacreditável!!!!
Pois sim…
Tivemos que esperar o final do verão para que reabrisse, apenas uma semana antes do final do meu prazo de validade dos documentos e no dia 13 de setembro, depois de uma fila enoooorme, na calçaaaaaaada, com um papelzinho na mão com o número 79 ( sim, isso mesmo), conseguimos sentar diante de um sujeito muito bronzeado, levando duas testemunhas e toda a papelada exigida.

Aí o”gnomo” recebeu tudo, olhou, olhou, olhou… e disse: Tudo bem, tudo certo.
Respirei pela primeira vez em cinco minutos. Mas por que vocês não levaram isso para Santorcaz? Teria sido tudo muito mais simples. Agora, vou ter que mandar os papéis para a prefeitura de lá e daqui que passe um mês de proclamas, que me devolvam, que eu mande para Madrid, que me devolvam… etc. Vai levar uns dois meses!
Perdi o ar de novo. Encarei a criatura com surpresa. Em Santorcaz nos disseram que tudo tinha que ser feito por aqui. Ele nos interrompeu, sorrindo, o desgraçado, ahhhh! como as informações são difícies com essa gente! Tcs.Tcs!
Saí de lá com vontade de voltar em Santorcaz e enforcar a mocinha, que por pura preguiça ou simples falta de interesse em informar-se melhor, havia feito com que eu perdesse quase um mês da validade de meus documentos. Respirei. Não, bufei como um touro bravo! Engoli meus intintos homicidas e resolvi esquecê-la e partir para os seguintes passos a serem dados.
A contar dos dois meses que o “gnomo” nos deu, em 13 de novembro teríamos tudo pronto, então somamos mais um tempo de segurança e marcamos o casamento para 9 de dezembro. Meio frio, mas não tínhamos outra opção.
Comemoramos, junto com meu aniversário, com uma bela viagem de final de semana pelos pueblos medievais de Sória, a convite de um casal de amigos. Estivemos em lugares espetaculares de se ver e estar. Tenho fotos incríveis dos castelos e muralhas medievais, ermitas românicas e igrejas templárias. Aproveitei e disfrutei com gosto e vontade da fantástica gastronomia! Vinhos Ribeira Duero incluídos. Mas esse é outro post, verdade?
Quando voltamos desta viagem eu estava disposta a começar uma dieta organizada, com médico, medicamentos, o que fosse necessário, desde que no dia da boda eu estivesse um pouco mais leve e com a auto estima mais elevada. Tinha quase três meses pela frente e queria estar bonita naquele dia, oras! Afinal seria o alvo de todos os olhares.
Mas, como eu disse antes, elas escutam tudo que eu penso. E preparam armadilhas infalívies.
Em Sória já havia me “despedido” das iguarias e vinhos ( Que comida, meu Deus!) e estava pronta para fechar a boca e só abrir no Natal.
Rá! No dia 20 de setembro lá estava eu na Galícia, para uma semana de comemorações dos 25 anos de formatura do meu “prometido”.
Agora era assim. Fui apresentada a todo mundo como “a prometida”. Ho ho ho!

Sabe que eu gostei? Toda vez que escutava meu novo título abria um sorriso daqueles! Embora tenha percebido uma ou outra careta de surpresa.
Algumas pessoas que frequentaram o passado de olhos-de-mar-azul imaginavam que, só porque ele estava vivendo com uma brasileira, ela deveria ser – com certeza absoluta – uma bela e JOVEM MORENITA, de 22 anos mais ou menos, com grande bunda sob a mini saia verde-amarela e que andava sambando pela rua.
Ah ah ah ah ah!
Olhavam para mim e para ele com uns olhos abertos de Como assim?
Devo dizer, sem medo de errar, que a grande maioria dessas carinhas idiotas foram femininas. Os homens, e sei que alguns pensaram o mesmo, disfarçaram melhor. Mas as mulheres nunca o conseguiram.
E a grande decepção, quase geral, foi quando me convidaram para sambar e eu disse que não sabia.
Heim?! Uma brasileira que não sabe sambar? Falsier, na certa!
Eu morria de rir por dentro. Mas estava tão tranquila que não fiz sequer meio esforço em parecer o que não era, só para agradar a platéia.
Então… entre mais de cem pessoas novas, muitas se aproximaram e estabeleceram uma conversação tranquila, educada e inteligente. As que não quiseram conhecer-me eu simplesmente apaguei do cenário. Estava tão feliz por estar ali, com ele, comemorando um momento tão bonito de sua carreira, que o resto era resto. Trocávamos olhares e sorrisos cúmplices, sorríamos carinhosamente, dançávamos como dois apaixonados. Aproveitamos todos os momentos para estar felizes.
Esta tem sido nossa escolha. Sempre.
As bruxas trabalharam bem naqueles dias e comi tudo de gostoso que a Galícia pode oferecer. E é muito! Vinhos Albariño incluídos. Num dos passeios pelas ruas estreitas de Combarro, uma senhora que vendia recordações da Galícia, bateu palmas quando eu passei. E dezenas de bruxinhas de brinquedo começaram a mover-se e dar risadas malígnas. Era tão engraçado que comecei a rir também! E de repente me vi ali, gargalhando alto com trocentas bruxas. Seria um sinal?
Saí dali depressa. Eu heim!
Também as fadas estavam despertas e estive ma-ra-vi-lho-sa nas roupas que escolhi para as festas. Assim que nem liguei muito para a dieta, até que um dia tive que dar um basta. Meu estômago começou a queixar-se de tantos mariscos e tive que parar. Ufa!
Salva pelo gongo. Não engordei nem uma grama, mas também não emagreci nada.
Minha médica brasileira enviou-me uns medicamentos pelo correio que me ajudariam na luta contra a ansiedade e a vontade de comer qualquer coisa que estivesse na geladeira, mesmo sem fome e eu estava contando que iria encontrá-los esperando-me quando chegasse em casa.
Nada. Não estavam e nunca chegaram! Sumiram no éter!
Nem eu os recebi aqui, nem ela sabe por onde estão. As bruxas devem estar magérrimas voando por aí, mas aqui nunca chegaram as pílulas que me salvariam da histeria pré- casamento que se instala e desenvolve-se a rédeas soltas em qualquer mulher. Juro.
Começou Outubro e com ele veio o outono. Época linda e tranquila para caminhar pelo campo, tentar comer pouco, aproveitar os dias frescos para boas e largas caminhadas, as noites mais longas para planejar a festa do casamento, pensar nos convidados, na comida que iríamos oferecer, a bebida, os doces…
( Pausa para um comentário em voz baixinha: Que merda ter que pensar nisso justo de noite, a boca se enchendo de água e o estômago – bem acostumado aos vinhos e delícias espanholas – pedindo algo parecido e rejeitando, com escandalosos ruídos, o iogurt de cereais Urgh!< Peloamordedeus que tortura! )
Então… Melhor pensar que estaria mais magra e melhor na roupa que usaria e…
Roupa!!! Trrrrimmmm! Saltou o alarma.
Tinha que começar JÁ a pensar em algo.
Mas não era melhor emagrecer um pouco antes de começar a provar o que fosse, pensei como “bruxinha”?
Achei melhor esperar o final do mês para começar a provar roupas enquanto imaginava o que gostaria de vestir no dia do meu casamento. Algo suave e leve, com movimento e classe. Sim, mesmo no inverno! Nada de vestido de noiva, por supuesto.
Mas esse negócio de casar com nenhuma cara de noiva também não me agradava.
Havia estado no casamento de uns amigos há alguns anos atrás e o casal, apesar de feliz e apaixonado, não demonstrava sequer um tracinho leve de que era um par de noivos . Nem alianças trocaram!
Tudo bem que era um casamento apenas no civil, mas achei que podia ter um pouquinho de frisson, um pouquinho de romance. Que custava?
Alianças??? Trrimmmm! Soou outro alarma! Eu queria alianças, por supuesto
Avisei ao meu prometido. Assim… devagarzinho, dando por fato consumado que haveria alianças. Técnica aprendida com a Princesa. Era tiro e queda! Aproveitei uma noite em que escrevia meus planos no caderno e perguntei onde as compraríamos.
“Eu não posso usar aliança”, ele respondeu. Explicou que já havia visto alguns oficiais marinheiros perderem o dedo em manobras nos barcos por causa delas.
Bien, entonces la mia vai poder ser más bonita y más cara!” Sorri inocente, em meu Portuñol.
Saímos para comprar A aliança em Madrid. Era uma noite maravilhosa e fria do outono madrilenho e elegi uma roupa com cuidado. Era uma noite especial, merecia detalhes. Na joalheria escolhi um modelo moderno, de ouro rajado e ele um outro, de bordas arredondadas e que não enganchava em nada. ( Oh! ) Encomendamos as duas.
O vendedor nos olhava surpreendido. Era a primeira vez que um casal encomendava alianças diferentes. Eu sorria de boca inteira.
Que passa? Cada um escolhe a que mais lhe agrada, ou não? Somos diferentes, ora! Mas pelo menos são DUAS!
Saímos para comemorar! Vinhos Rioja incluídos! Um amigo nos ofereceu seu apartamento em Madrid e não voltamos para casa àquela noite.
Que noite fantástica! Eu estava realmente me sentido uma noiva de verdade, com romance colorido e tudo! Muito mais do que na primeira vez que me casei. Que divertido isso! Estava me sentindo leve e completamente relaxada, como se caminhasse a meio palmo do chão. Coisa mais linda e mais gostosa não há que a felicidade das pequenas coisas.
De repente estar caminhando de mãos dadas com ele, o meu ELE, sentindo o ar frio no rosto, percebendo as calçadas cheias de gente, as vitrines iluminadas, as luzes estratégicas dos enormes prédios neoclássicos chamando atenção para as bordas cheias de esculturas, respirando os cheiros dos bares de tapas… era a felicidade perfeita.
Depois de jantar com nossos amigos, eles se foram e deixaram a casa só para nós. Ficamos na saleta do apartamento tomando as últimas copas, recordando os sonhos escritos nos anos em que estivemos nos correspondendo, descobrindo satisfeitos que estávamos transformando todos em realidade e que esta estava saindo ainda melhor do que tínhamos podido imaginar.


Recordei algumas noites em que estive diante do computador, escrevendo mais uma das enormes cartas em que desejei com toda a força do meu ser passar com ele uma noite como aquela.
Recordei o gostinho amargo de solidão que podia guardar uma taça de vinho tinto tomada diante da minha pequena janela de Boa Viagem, numa noite de brumas.
Recordei como desejei estar entre seus braços e que gosto bom deveria ter um Rioja bebido na mesma taça!
Recordamos trechos que havíamos escrito com os detalhes do futuro que queríamos para nós e tomamos plena consciência da alegria que estava sendo descobrir que havíamos ajudado um ao outro a escrever nosso destino.
Era a noite de 16 de outubro. Dentro de um mês as alianças estariam prontas e nossos amigos as recorreriam e nós os convidaríamos a jantar.
Se as bruxas deixassem…

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Elas e Eu… ( Cap 17 )

As famigeradas tentaram de tudo…

Provocaram brigas, esconderam roupas, quebraram carros e portões entre outras cositas mas….
Mas minhas fadas são fantásticas!
E com calma, jeitinho e muita paciência me ajudaram a resolver TUDO!

Venci o round! Mais um!
Muito obrigada pela paciência e os deliciosos comentários.
Antes do final desta semana voltem que haverá post novo.
Juro!
Prometo!
Smack! Smack!

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